3 de abril de 2013

Norma e Norman...BATES!

Para os Hitchcock Lovers, essa série é um presente!

"Bates Motel é série de TV do canal pago estadunidense A&E que servirá de prelúdio ao clássico filme de Alfred Hitchcock Psicose (1960). A trama contará como Norman Bates (Freddie Highmore) desenvolveu seu lado sombrio e psicótico entre a infância e a adolescência, explicando como o amor de sua mãe, Norma (Vera Farmiga), ajudou a moldar um dos mais conhecidos maníacos da história do cinema. Diferente de outras negociações entre emissora e produtores, a série não passou pela fase de aprovação do episódio-piloto, recebendo logo uma encomenda de dez episódios para a primeira temporada"
(Via Omelete)


A série se passa nos dias de hoje, embora o cenário utilizado seja exatamente o mesmo. O casarão, o Motel... o que ajuda na identificação dos fãs de Psycho. 

Assisti ontem o primeiro episódio. Sombrio, cheio de perguntas sem respostas e a certeza de que muitas perguntas ainda vão aparecer sem respostas enquanto outras respostas vão aparecendo. Do meio pro fim do episódio, cenas fortes que começam a desenhar as influências no psicológico de Norman. Situações que podem gerar culpa, apego...e outras coisas que contribuíram para ele se tornar o nosso Norman Bates já conhecido do cinema. É possível perceber, também, a relação dele com a mãe, inclusive o fato de que eles têm o mesmo nome (Norma e Norman) - fato "estranho"constatado e verbalizado por um policial em uma cena do episódio.

Engraçado que eu acabei de assistir o episódio e, por ter assistido Psicose, me pareceu mesmo um pedaço do filme, um flash back que se encaixaria no filme (sem reparar nos elementos tecnológicos que marcam o período que a série se passa).

Bom! Eu gostei! E tô louca pra ver a série toda \o/

  
Norman Bates de Psycho e Norman Bates de Bates Motel





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2 de abril de 2013

Maluco Beleza...Colegas!

Movida pelos últimos filmes que assisti, resolvi voltar a postar. Não sei por quanto tempo...

Um dos filmes, é sobre o qual falarei agora: Colegas.


"Stallone (Ariel Goldenberg), Aninha (Rita Pook) e Márcio (Breno Viola) eram grandes amigos e viviam juntos em um instituto para portadores da síndrome de Down, ao lado de vários outros colegas. Um belo dia, surge a ideia de sair dali para realizar o sonho individual de cada um e inspirados pelos inúmeros filmes que já tinham assistido na videoteca local, eles roubam o carro do jardineiro (Lima Duarte) e fogem de lá. A imprensa começa a cobrir o caso e a polícia não gostou nem um pouco dessa "brincadeira". Para resolver o problema, coloca dois policiais trapalhões no encalço dos jovens, que só querem realizar os seus sonhos e estão dispostos a viver essa grande aventura, que vai ser revelar repleta de momentos inesquecíveis."


Palmas pela inovação e pelas boas intenções de levar para o cinema um filme estrelado por portadores de Síndrome de Down. O filme é de uma poesia linda...cenas lindas. Recheado de referências ao cinema mundial e uma trilha bem colocada, quase toda com músicas do Raul Seixas. Mas sempre cabe um 'MAS'.

O filme é bom, MAS é fraco. O filme cumpre seu papel de quebrar pré-conceitos trabalhando com diversos atores portadores de Down, MAS é só isso. O filme é só isso. Um motivo para fazer um filme com portadores da Síndrome de Down. É leve, é divertido... no âmbito de produção cinematográfica, ele peca em vários ponto do roteiro e da direção. Ele poderia puxar um pouco mais reflexão, mesmo sendo uma comédia. Ele pode até querer que o espectador reflita, mas não faz esse apelo de uma boa forma. A depender do público que assista, ele não causa o que deveria causar.

Recomendo ser assistido, sim. Vale a pena! Só não é tudo aquilo que eu esperei que fosse.

3 de junho de 2012

O que é que eu estou fazendo aqui?

Desde que eu comecei com essa nova fase do Fala, Lica!, eu passeia me questionar o que eu fazia aqui. Como ando lendo e me irritando muito com as críticas cinematográficas, me bateu a dúvida: isso que eu faço aqui é crítica?

Não consigo estabelecer uma ligação fiel entre a estrutura do meu texto aqui no blog, com a estrutura das críticas que eu leio. Então, responderia que não. Mas, segundo um livro que eu li, "o crítico informa e oferece juízo de apreciação". De certa forma, eu faço isso. Não?

O que eu consigo perceber, de fato, é que eu sou muito de pensar na fruição. Pra que tipo de apreciador o filme foi feito? O que o filme quer causar? Ai, sim, entra na forma que eu gosto de pensar. Pois se um filme 'babaca' foi feito pra ser babaca e é mesmo um filme babaca, ele se torna bom. Ele conseguiu ser o que foi feito pra ser.  Taí, uma das coisas que me irritam nas críticas... É sempre sobre o que o crítico gosta ou não gosta.

Penso que isso vem muito da minha formação em publicidade. Que ai rola uma equação, onde um objeto é feito de tal jeito pra tocar tal pessoa de tal forma. Se isso funciona, o filme é bom (por mais que eu não tenha gostado dele - provavelmente eu não sou o espectador modelo dele).

Enfim... Proponho isso: entender que o filme não necessariamente foi feito pra você gostar.

29 de maio de 2012

Paraísos artificiais. Mas bem reais...

Quando vi o trailer, me empolguei pelo fato de ser a estréia de Marcos Prado como diretor de ficção (ele, premiado com o documentário Estamira). Depois, ouvi alguns comentários, a maioria deles ruins. Falaram de apelo sexual, de um filme sem propósito e outras coisas. Paguei pra ver.




"Erika (Nathalia Dill) é uma DJ de relativo sucesso e muito amiga de Lara (Lívia de Bueno). Juntas, durante um festival onde Erika trabalhava, elas conheceram Nando (Luca Bianchi) e, juntos, vivem um momento intenso. Entretanto, logo em seguida o trio se separa. Anos depois Erika e Nando se reencontram em Amsterdã, onde se apaixonam. Só que apenas Erika se lembra do verdadeiro motivo pelo qual eles se afastaram pouco após se conhecerem, anos antes." (Adorocinema)

De antemão, digo que gostei. Mas é aquela coisa... não é um filme popular. É uma narrativa não-linear, com 'vai e vens' no tempo sem muita explicação (mas convenhamos que não é difícil de entender). Me encheu os olhos a montagem no ritmo da batida eletrônica, a fotografia bacana e impecável em diversos momentos... E a falta de diálogos longos. Destaque para a última, que, pra mim, funciona muito bem quando há mais pra se perceber do que pra se entender.

Detalhe: Marcos Prado dando um real de participação, interpretando uns poucos minutos de um pai dedicado e super carinhoso. (Lindo! Haheiuahe!! Adoooro)

Enfim... O que eu tenho visto muito, é que a galera tá mais preguiçosa. Quer o roteiro muito bem explicado, as coisas mais ditas na tela e, principalmente, seguindo os preceitos da moral e dos bons costumes. E daí, que é um filme sobre drogas que não passa no morro, com tiroteios sem fim, perseguição policial e um desfecho completamente educativo? Tem tráfico? Tem! Tem gente pega pela polícia e que é presa? Tem! Tem horas de sofrimento na cadeia, mostrando como pode ser sua vida caso se meta com isso? Não!!! E também não precisa ter.

Isso não quer dizer que o filme faz apologia ao uso de drogas. Não faz! E ai, cabe citar o próprio filme, onde um personagem veterano (interpretado pelo Roney Villela) diz que a droga não cria nada, ela só desperta o que está dentro de cada um, o que cada um quer. E nem sempre o que cada um quer, é o que é bom pra si. O filme simplesmente mostra as coisas como são. Leva pra telona o retrato de como são as raves, as pessoas que frequentam, a música eletrônica e a circulação de uma imensa quantidade de drogas sintéticas. Ah! A questão sexual do filme não me soou apelativo. Diria até que foi bem poético.

Tô defendendo muito? Hehehe...
Mas sou mesmo entusiasta do cinema nacional. Acho que ele deve ousar, sim. Explorar temas diferentes, ter mais filmes estilo "cabeção". E ai sim, acaba com esse estigma criado pelos intelectuais, de que filme nacional é ruim e babaca.

24 de maio de 2012

Desenho desanimado

Um filme "animado". Adianto que, apesar dos bonecos de massinha e um stop-motion singelo, não é infantil. Mas é reflexivo.




"O filme acompanha dois personagens solitários, cujas vidas se cruzam pelo maior dos acasos: uma página aleatória aberta em uma lista telefônica. Motivada por uma dúvida infantil, a australiana Mary Daisy Dinkle, 8 anos, decide escrever ao nova-iorquino Max Jerry Horowitz, 44 anos. Junto à carta, alguns desenhos, uma barra de chocolate e a dúvida: "de onde vêm os bebês nos Estados Unidos?". A correspondência inocente muda a vida de ambos para sempre, iniciando uma história que transcorre por mais de uma década." (Omelete)

Uma das coisas que mais gostei, tecnicamente falando, foi da fotografia. O contraste entre os dois mundos apresentados, muito bem trabalhado com as cores: o marrom australiano e o cinza novaiorquino. E com um rico e impecável cenário, tudo de massinha. Poderia citar alguns pontos no roteiro que me incomodaram. Coisas que, pra mim, foram mal explicadas ou não faziam muito sentido. Mas isso foi facilmente esquecido diante do todo que o filme representou.

O filme é bom. É lindo. É fofo.


Agora uma dica: se estiver passando por problemas de relacionamento, com namorado(a), amigo(a) ou está mal por algum motivo, cuidado! Ele é forte no quesito 'reflexões para a vida'. E desavisado, você pode cair no ranso depressivo que ele é capaz de deixar. Mas vale a pena assistir ;D

25 de abril de 2012

Através da pele que a gente habita

Continuando a minha sequência de "demorou, mas assisti", hoje é a vez de "La Piel Que Habito", de Almodóvar.

Antes de ver o filme, ouvi: "É um filme muito pesado!", "Quando sai do cinema, não saiba nem o que falar!", "É um filme péssimo!", "MA-RA-VI-LHO-SO!" Bom... tinha mesmo que 'pagar pra ver'... e assisti.

Tema indigesto, para algumas pessoas. Meio polêmico. E ele simplesmente joga na cara, não discute. Talvez isso tenha deixado algumas pessoas revoltadas e outras encantadas.



"A Pele que Habito, baseado no romance Mygale, do escritor francês Thierry Jonquet, conta a história do Dr. Robert Legard (Antonio Banderas), que, depois da morte da esposa e da filha, mergulha no desenvolvimento de uma pele artificial sensível a todo toque e resistente a qualquer agressão. Robert divide a bela mansão El Cigarral com a assistente Marília (Marisa Paredes) e com uma misteriosa e bela jovem metida em um macacão cor da pele, Vera (Elena Anaya)." (Patrícia Rebello - www.criticos.com.br).

Li um crítico que se disse decepcionado, pois em 2009 Almodóvar havia dito que seu próximo filme seria um suspense. Mas em 2011, prestes a lançar "A Pele Que Habito", o diretor anunciou que seria um filme de terror, sem gritos e sem susto. E realmente foi. O filme te coloca no limite da pele que cada um habitamos, a pele que separa o que está dentro de você e o que está fora - no sentido de reflexão de valores. A história ta ai, sem direcionamentos muito fortes quanto ao que o espectador deve concluir. Ao meu ver, o personagem não foi construído para ganhar a simpatia do público, tampouco para ser vilão ou mocinho. Os personagens principais podem ser vilões e mocinhos, mudando a qualquer instante. Eu mesma, não sabia a derrota de quem, eu deveria comemorar. E eu penso que talvez seja justamente esse convite a reflexão, esse 'veja e interprete', que algumas pessoas não tenham entendido direito. Pois como eu disse mais lá em cima, o filme não discute. Ele coloca discussões em questão, mas não discute. Disseram ser um filme de excessos: depende do que cada um considera como moderado.

Será que Almodóvar perdeu mesmo a mão nesta obra, como li? Confesso que não assisti quase nenhum filme de Almodóvar, não posso responder Sou cinéfila-analista recente. Então, me considero, de certa forma, imparcial. Não defendo, pois não sou fã. Não escracho, pois não sou daquelas cansadas que tendem a condenar alguns cineastas que caíram no círculo "pop-modinha"

3 de abril de 2012

O que Hugo inventou?


Algumas pessoas acharam ele simplesmente bom. Mas para mim, que gosto de cinema, da história do cinema e, principalmente, de clássicos do cinema, foi emocionante.

O filme é uma grande homenagem ao cinema. Isso pelo tema, que eu não vou me alongar falando e acabar num spoiler.

Assiti em 3D e realmente achei que foi um dos melhores produzidos nesse formato (sem precisar ficar voando um monte coisa na cara da galera).

Diferente do que Scorsese já fez? Sim. Meio 'Timburtiano'? Talvez. Mas lindo..muito lindo. Ainda não vi 'O Artista', mas acho que foram justos os Oscars de Direção de Arte, Edição de Som, Mixagem de Som e Efeitos Visuais. Principalmente esse último, de Efeitos. Mas ai também entra no tema do filme que eu prefiro não falar =D